O amor só é amor porque é inacabado,
é metade que chama, implora e pede clemência.
Amar é uma interessante e bonita forma de carecer,
de ser fraco, de entregar os pontos,
de viver sem armas, como se por um instante,
só por um instante,
a luta que marca a nossa sobrevivência tivesse entrado em estado de trégua.
O encanto que sobrevive no amor só pode durar enquanto se estenderem os segredos que sacralizam a relação.
E por isso é necessário retirar as sandálias dos pés,
pisar com leveza, olhar com cuidado.
O amor é amigo do silêncio.
Sobrevive no querer dizer, na tentativa frustada de verbalizar o que é a crença da alma, o sustento do espírito.
Pe. Fábio de Melo
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