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sexta-feira, 9 de setembro de 2011



O amor só é amor porque é inacabado, 
é metade que chama, implora e pede clemência. 
Amar é uma interessante e bonita forma de carecer, 
de ser fraco, de entregar os pontos, 
de viver sem armas, como se por um instante, 
só por um instante, 
a luta que marca a nossa sobrevivência tivesse entrado em estado de trégua.
O encanto que sobrevive no amor só pode durar enquanto se estenderem os segredos que sacralizam a relação.
 E por isso é necessário retirar as sandálias dos pés, 
pisar com leveza, olhar com cuidado. 
O amor é amigo do silêncio. 
Sobrevive no querer dizer, na tentativa frustada de verbalizar o que é a crença da alma, o sustento do espírito.

Pe. Fábio de Melo




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