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terça-feira, 2 de agosto de 2011

QUERO MORRER FAZENDO AMOR



Quando o bom Deus escolher a minha hora benfazeja,
a derradeira hora de me fazer morrer que Ele deseja,
aquela hora de transcender para outras esferas sem dor,
quero morrer no ato de fazer amor com meu amor.

Nada de morte morrida no passar de uma noite fria e só,
ou morte por acidentes trágicos que causam muita dó,
ou morto afogado ou queimado - mortes daquelas com dor.
Quero morrer no ato de fazer amor com meu amor.

Sabem daquelas histórias fantásticas que ouvimos dantes
sobre homens que morrem fazendo amor com as amantes?
Nus em pêlos, sem mais apelos, quando se esvai sem dor.
Quero morrer no ato de fazer amor com meu amor.

Quero morrer transando com tudo dentro de meu amor
e meu amor com tudo dentro de mim em apelos de ardor,
integrados assim num sem fim de agoniar de prazer e fervor.
Quero morrer no ato de fazer amor com meu amor.

Nada de morte por enfarto fulminante assim tão precoce,
ou dessas mortes naturais por desgastes do nosso corpo,
ou falecimento de órgãos, vírus fatais, tuberculose, tosse.
Quero morrer no ato de fazer amor com meu amor.

Nunca desejei uma morte morrida na vida em puberdade,
e não quero morte precoce na minha atual meia idade,
muito menos morte mal vivida antes dos 90 anos de idade.
Quero morrer no ato de fazer amor com meu amor.

Nada de ressurreição, depois dos 100, hão de vir devagar,
lívido, puro e santo, em paraíso, por um feliz desencarnar,
por merecer alguém que muito me amou por demais amar.
Quero morrer no ato de fazer amor com meu amor.



JETHRULL GIANT
Paraíba do Sul. Rio de Janeiro, Brasil, 28. 07. 2011

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